"A gente não quer só comida ,a gente quer comida diversão e arte"(Titãs)
A música assim como todas as formas de artes sempre esteve ligada de alguma forma com a realidade social do ser humano. No Mundo e no Brasil, os movimentos sociais e pelos Direitos Humanos eclodiram no auge de diferentes fenômenos musicais tais como: os hippies e contracultura na década 60 e a Tropicália na década de 70. Outro movimento cultural dessa época foram os punks, movimento este que fincou sua contestação política e seu despojamento pela “estética” elitista em uma nova forma de pensar e fazer música “faça você mesmo!”. Nesse sentindo, temos também uma motivação histórica para apresentar a proposta do Instituto de aprendizagem musical: a atitude do legado artístico de contestação e inclusão social, pois uma sociedade republicana e democrática de direito só se faz com reflexões e rupturas, sempre no sentindo do fortalecimento dos princípios democráticos do art. 5° de nossa Carta Magna: Direito a Vida, Direito a propriedade, Direito à Dignidade, Direito a um Meio Ambiente Sustentável e limpo e Direito à Liberdade de Expressão. Diria também direito a ter pelo menos um sonho e transformá-lo em realidade.
Tudo começou quando um grupo de amigos após muitos anos de convivência se reuniu para falar sobre música, política e sociedade. Durante o engajamento sócio-cultural já na década de 90 os debates e a amizade tentaram trilhar o caminho de um sonho: a construção de um espaço onde não simplesmente se reuniriam para tocar grandes sucessos da música brasileira e paraense, mas também para se aprender e se fazer música. A Jornada foi árdua, penosa e até, muitas vezes, solitária, mas como dizia Raul “sonho que se sonha junto é realidade”, e mesmo diante dessas dificuldades e do grande desafio que é construir arte na periferia esquecida, o sonho a cada dia passou a ser cada vez mais materializado.
A realidade social de um dos bairros mais violentos e abandonados pelo Poder Público no estado do Pará apenas aumentou a vontade de se resistir a este legado de miséria, sublimando a indignação e a retórica letárgica dos governos e a transformando em arte e inclusão social em sentindo amplo. Essa foi a resposta encontrada por esses moradores do bairro da Terra Firme, periferia esquecida da cidade de Belém do Pará. Cidade está que de acordo com estudos mais atuais, vem ocupando a lamentável 2ª colocação do Ranking de cidades mais violentas do Brasil (O Globo Edição de 03.05.2010 e www.sagari.com.br). Esta é a figura de um fundo político comprometido com as seculares castas sociais que apenas se voltam ao bairro para garantir, a cada dois anos, mais quatro anos de poder e concentração de poder.
Um espaço onde realmente se possam oferecer a crianças, adolescentes e adultos a oportunidade de se “impunhar um instrumento musical ao invés de uma arma”. A oportunidade de se aprender musica arte e cidadania, ao invés de reproduzir os altos índices de violência e marginalidade. Um espaço onde a ênfase ressoa como um grito de liberdade preso há varias gerações, encarcerado pela escassez de políticas publicas na área da cultura e na área social como um todo. Holisticamente, um espaço suportado pelos ombros de pessoas que não cruzaram os braços mesmo tendo que enfrentar o “Não” durante muitos anos da Administração Pública, em todas as esferas do poder.
O Instituto Amazônia Cultural nasce como uma proposta de educação e resgate da cidadania baseado no ensino e aprendizagens de instrumentos musicais como forma de inclusão social e socialização de inúmeras crianças e adolescentes da periferia da capital paraense. A responsabilidade social é um dever de todos! E esse caminho que surge com a Força e com a coragem de pessoas que costumam acreditar no sonho que se tem. “do it yourself” – Faça você mesmo!
Sávio Rangel.
Tudo começou quando um grupo de amigos após muitos anos de convivência se reuniu para falar sobre música, política e sociedade. Durante o engajamento sócio-cultural já na década de 90 os debates e a amizade tentaram trilhar o caminho de um sonho: a construção de um espaço onde não simplesmente se reuniriam para tocar grandes sucessos da música brasileira e paraense, mas também para se aprender e se fazer música. A Jornada foi árdua, penosa e até, muitas vezes, solitária, mas como dizia Raul “sonho que se sonha junto é realidade”, e mesmo diante dessas dificuldades e do grande desafio que é construir arte na periferia esquecida, o sonho a cada dia passou a ser cada vez mais materializado.
A realidade social de um dos bairros mais violentos e abandonados pelo Poder Público no estado do Pará apenas aumentou a vontade de se resistir a este legado de miséria, sublimando a indignação e a retórica letárgica dos governos e a transformando em arte e inclusão social em sentindo amplo. Essa foi a resposta encontrada por esses moradores do bairro da Terra Firme, periferia esquecida da cidade de Belém do Pará. Cidade está que de acordo com estudos mais atuais, vem ocupando a lamentável 2ª colocação do Ranking de cidades mais violentas do Brasil (O Globo Edição de 03.05.2010 e www.sagari.com.br). Esta é a figura de um fundo político comprometido com as seculares castas sociais que apenas se voltam ao bairro para garantir, a cada dois anos, mais quatro anos de poder e concentração de poder.
Um espaço onde realmente se possam oferecer a crianças, adolescentes e adultos a oportunidade de se “impunhar um instrumento musical ao invés de uma arma”. A oportunidade de se aprender musica arte e cidadania, ao invés de reproduzir os altos índices de violência e marginalidade. Um espaço onde a ênfase ressoa como um grito de liberdade preso há varias gerações, encarcerado pela escassez de políticas publicas na área da cultura e na área social como um todo. Holisticamente, um espaço suportado pelos ombros de pessoas que não cruzaram os braços mesmo tendo que enfrentar o “Não” durante muitos anos da Administração Pública, em todas as esferas do poder.
O Instituto Amazônia Cultural nasce como uma proposta de educação e resgate da cidadania baseado no ensino e aprendizagens de instrumentos musicais como forma de inclusão social e socialização de inúmeras crianças e adolescentes da periferia da capital paraense. A responsabilidade social é um dever de todos! E esse caminho que surge com a Força e com a coragem de pessoas que costumam acreditar no sonho que se tem. “do it yourself” – Faça você mesmo!
Sávio Rangel.
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